ARTIGOSPUBLICADO POR REDAÇÃOJULHO 8, 20200

O profissional moderno será aquele que se reinventar todos os dias, em todas as situações. Será aquele que entregar mais por menos, mais rápido, mais seguro, mais eficiente.

Alessandro Ragazzi (*)

Escritórios vazios e salas de teleconferência cheias; horários flexíveis; menos gravatas e mais celulares… começamos definitivamente o futuro!

A pandemia parece ter acelerado, de forma exponencial, algumas tendências que, até pouco tempo atrás, adorávamos mencionar em conversas de botequim, mas na prática  temíamos executar. (Aliás, nem sei quando teremos botequins.)

O mundo “pós-Covid” exigirá dos advogados (em especial dos mais “experientes”, como eu) alguns exercícios – reflexões diárias, que envolvem comportamentos, estratégias, ferramentas. 

O hábito de acordar muito cedo para ir ao escritório parece cada vez mais em desuso. As equipes agora reunir-se-ão virtualmente – assim como os próprios clientes.  Até as audiências (ainda não todas, mas isso me parece inevitável) estão ocorrendo virtualmente. O escritório agora é “em casa”.

Com todas estas mudanças, vejo surgir um novo tipo de habilidade, que deverá ser seguido pelos profissionais do Direito que quiserem “sobreviver” aos novos tempos: a FLEXIBILIDADE!

A partir de agora, serão muito comuns reuniões fora do horário “convencional” ou “comercial”, aos sábados, aos domingos; entremeadas por pausas inesperadas e mais longas, numa terça-feira, por exemplo.  Já não teremos mais a “fiscalização” sobre nossa conduta (que a partir de agora será substituída pela não menos implacável cobrança sobre nossos resultados).

O profissional moderno – e aqui vai apenas minha humilde opinião pessoal – será aquele que se reinventar todos os dias, em todas as situações. Será aquele que entregar mais por menos, mais rápido, mais seguro, mais eficiente.

Será aquele que entender que já não há mais fronteiras – e que poderá atuar no Brasil, na Europa ou na Ásia na mesma velocidade (respeitado o fuso horário, claro)! 

O profissional do futuro terá menos idas ao escritório e mais idas às ideias de sua equipe, de seus clientes, de seus projetos.

Minha esperança é a de que, como quase toda mudança, esta nos traga boas lições, para sermos ainda melhores!

(*) Diretor da Ragazzi Advocacia. É advogado militante há mais de 20 anos, formado pela PUC/SP e  pós-graduado em Direito Tributário pela PUC/COGEAE.

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